terça-feira, 7 de setembro de 2010

Hoje, ontem

Estamos vivendo, no hoje, reflexos do ontem. Aliás, essa forma cíclica de se passar por este Aqui onde, há tempos remotos, habitamos, vem se circunferizando, num rolamento antigo, rotação e translação, desde sempre. Vivemos hoje o antigo renovado, o já visitado, revisitado. Renovamos o cinema novo, o retro virou vintage, moderno; o barroco, pós-moderno.
O que estaria por trás disso, pois? Não falta criatividade, não falta fé. Ao contrário, sobra, à humanidade, esperança. De rever no atrasado a epopeia de um presente de maior sucesso do que o anterior; de renovar e se rever; de perdoar aos seus próprios erros e, especialmente, de redimir-se com seu DEUS interior, todo maiúsculo, porque é, em si. Porque está em si e, também, em todo lugar.


***

Um espelho de três lados

passado, presente
ausente

três paus, uma canoa
naufragada

mas lá, ao fundo
horizonte

perspectiva, representação
vislumbre

ontem, hoje
futuro.


***


E você, onde se vê?


***








Um comentário:

  1. Eu, do alto de minha cultura populesca, repito: nada se cria, tudo se copia!

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