terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Metrô RJ


Uma experiência indescritível.

Atenção ao itinerário: Pavuna/ Saens Peña: um deles poderá mudar a sua vida!

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Mais um, oba!

Uau! Quantos posts! Tudo porque os planos de praia foram frustrados pelo tempo lusco-fusco.

***

Semana passada fui dar umas voltas pelo Centro do Rio. Entrei no CCBB, entrei na Travessa e comprei meu presente de Natal. Estou lendo meu presente: Ficções, do J. L. Borges. Escrita reflexiva, sobre a escrita. De um jeito bonito, poético, mas sem epifanias cheias de dedos. Estou apaixonada pelo Pierre Menard, quero ir na Biblioteca de Babel. Pra quem gosta de boa leitura, sem muitas aventuras hardcore, recomendo. Muito.

***

Até que eu estou gostando desse início de férias sem viagem, meio assim-assim.

Eu


Sinto-me meio Chagall hoje.

Promessas de ano novo

Muito chata essa coisa de seguir tradição. Mas o final de ano, especialmente o limbo temporal entre 24 de dezembro e 1º de janeiro, parece ser uma época ímã, já que atrai tanto pedido, reflexão, roupa vermelha e calcinha branca (ou vermelha, ou rosa, ou verde, depende do pedido pro ano novo). Do lado de cá temos a seguinte política: deletar correntes, agradecer cartões eletrônicos (se chegassem pelo correio teriam toda a consideração do mundo, seriam até respondidos. Ai, tô velha!), roupa nova (ou seminova) pro Natal e pro Ano Novo. Semitradicionalistas, hum? Bom conceito, taí. Então, apoveitemo-nos dessa condição para traçar algumas metas para 2010. Vejamos:

1- Plano físico:
fazer alguma coisa. Pode ser yoga, sapateado ou caminhada, mesmo.

2- Plano intelectual:
mestrado.

3- Plano social:
exercitar a simpatia, a cordialidade e, principalmente, a paciência. Estar mais na companhia dos amigos.

4- Plano familiar:
idem ao plano social. Trocar "amigos" por "familiares".

5- Plano espiritual:
exercer a paciência, estar mais com os amigos, confiar mais em mim, "estar em par com Deus", deixar o coração aberto pra ouvir, entender, perdoar. Ser mais livre. Ouvir a mim mesma, entender a mim mesma. Depois fazer tudo isso com os outros.

Feliz 2010!
(Ainda bem que aquela parafernalha de 2000INOVE, puts! acabou, nunca mais será ouvida!!!)





domingo, 27 de dezembro de 2009

Condicional

O que era mar de rosas, virou cinzas. Daí vem a condição. Só quero de novo se for só comigo. Não, você não entendeu. Só, comigo, eu e eu, mais ninguém. Porque a condição de agora em diante é não ter mais confiança, não acreditar mais, perder a fé. Quando você perdoa e reacredita, mas o reacreditado não se faz acreditar e mergulha num segundo erro, muito mais profundo, embora de mesmo teor, não se pode mais confiar. A escolha é perder a fé, para não tomar uma rasteira dela. Dizem que dor de amor dói muito. Dói, eu sei. Já falei que dor de saudade dói também. Mas é preciso acresentar que dor de mágoa, de raiva, de descrença, de decepção, tudo junto e misturado, dói muito, muito mais. Porque dói em você por uma coisa que você não fez, não quis e não pediu. Só caiu no seu colo e se encaixou como uma luva.
A condição agora é refletir e entender que não é bem assim que a banda toca. Não por aqui. Aqui o samba é miudinho, gostoso e aconchegante. E tem espaço pra quem samba miudinho, gostoso e aconchegante. De cara, sem esconder o jogo. porque é condição, também, daqui pra frente, que as máscaras caiam desde o início.
Aproveite o Ano Novo pra começar uma vida nova. Sem mentiras, sem hipocrisia, sem fuga. Aproveite para mostrar às pessoas quem você realmente é. Tenho certeza de que não vai ser todo mundo que tem um samba como o daqui de casa. Tenho certeza que você não vai achar um ritmo como o meu.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Flowers

Antes de mais nada, cabe um pedido de desculpas: disseram por aqui que não se falava mais em flores. Mas o caso hoje é verídico e merece destaque. So sorry, but...

***

Hoje Mariazinha estava em casa, distraída que só, de férias, assistindo a um bom filme. 14:15. Um caloooor! Daí, péeeeeeee. Toca a campainha. Mariazinha vai e abre a porta. "Ué, mas já?!" - primeira surpresa do dia: F., que prometera chegar às 14:30 em ponto, adiantou-se em 15 minutos! - F. pisa com o pé direito, marcando a sorte do ano novo que está chegando. E então, tudo começa a girar em câmera lenta - segunda surpresa:

mãos para trás... mãos para a frente... gesto de surpresa... FLORES (inevitável não falar delas: lindas, cheirosas, uma delícia!)

Flores brancas, palmas brancas. Palmas como as que são batidas pelo público ao final do espetáculo. Mas esse, meu amor, está só começando. Muitas palmas ainda serão batidas. Palmas brancas, por favor. Brancas como as que ganhei hoje. Brancas como o vestido da menina que espera na porta do cinema. Acho que ela já está ouvindo as palmas que vêm de lá de dentro. Deve ser um filme bom. E o menino do terno preto já está a caminho. Logo, logo eles vão se encontrar e, péeeeee. É a campainha? Shhhh! Silêncio! O filme já começou!

***

Tomando partido

Deste lado da fronteira, os cidadãos não costumam muito falar de política. Por não entender xongas, o eu-contribuinte sente-se no direito (e, em certa medida, no dever) de ficar calado e ouvir a opinião de quem é eu-entendedor. Então tá: de tanto ouvir o economista-namorado exaltar as proezas (sem deboche, que fique bem claro) do Presidente da República, a namorada-das-letras acabou por convencer-se de que seu voto não foi furado e, enfim, resolveu ceder espacinho por aqui para escrevinhar sobre política. Não, não, nada de politicagem, pelo contrário: no melhor estilo boas-festas, porque foi linda mesmo a mensagem do Lula. Simplinha, bonita de ouvir e legal de reproduzir. Se o JN resolveu somente destacar a parte de boas-festas, feliz natal pra vocês também. Eu, para fazer a minha parte, já que o ano termina e renasce outra vez, reproduzo tudinho, timtim por timtim:



Minhas amigas e meus amigos: Feliz Natal!

domingo, 13 de dezembro de 2009

Tem alguém espiando pelo buraco da fechadura

Acreditem ou não (e eu me incluo na (des)crença): procurando um poemito bonito para postar aqui, abro os POEMAS TRADUZIDOS de Manuel Bandeira e leio:

"Quatro poemas de Natal"

Deve ser pra reproduzir um deles aqui. Lá vai:

Teus olhos
Juntam as mãos
Como as madonas
De Leonardo.

Os bosques de ocaso,
As frondes amoradas
De um Renascimento sombrio.

O rebanho do mar
Bale para a gruta
Do céu cheio de anjos.

Deus encarna-se
Num menino que busca os brinquedos
De tuas mãos.

Teus lábios
Dão o calor que negam
A vaca e o burro.

E na penumbra
Tua cabeleira afofa as suas palhas
Para o Deus Menino.

(Rafael de la Fuente)

***


Então, é Natal?

A festa cristã, do velho, do novo, do amor como um todo.

Então, é Natal?
Jura mesmo?
Nem tinha percebido!

***

Quando as coisas por aqui pareciam bem maiores, achava-se que o Natal era tempo de arrumar a árvore, preparar a casa, desde a última semana de novembro, para receber Jesus, esperar Papai Noel e afins.
Agora que as coisas tomaram proporções maiores, Natal é tempo de comprar presente de véspera, é data limite pras férias escolares, é tempo de catarse quando, à meia-noite, enfim, o abraço caloroso que esperou o ano interio para se manifestar acontece. É tempo de dormir tarde (porque só se deseja Feliz Natal! à meia noite), acordar tarde (porque não se trabalha no dia 25) e iniciar dietas desesperadas (porque no Ano Novo se veste branco, e branco engorda).

***

Saudade dos velhos natais, sem sombra de dúvida!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Problemas técnicos

Algo acontece e eu não consigo comentar. Então, posto comentários:

Patrícia, amiga: depois te ligo e te conto tudo!

Clau: seja bem-vinda!

Ivy: Acho que a minha carência de leitores, revelada por aqui, está colhendo os looooouros da fama! Já arranjei duas leitoras que não são minhas amigas diretas!!! Que supimpa!

Beijos e obrigada pela atenção!

domingo, 6 de dezembro de 2009

Pensando em ovos - simbologia

Ontem, do nada, imaginei um ovo. Muito louco! Não era um ovo qualquer. Eu estava me divertindo, lalalá, quando, de repente, um day dream me tomou de jeito e eu tive a "visage": dentro de uma panela com água, fria, entre vírgulas, que fique bem claro, porque gelou o calor do meu dia, eu vi, senti e (por pouco) comi um ovo meio cozido, meio cru, tipo pochè. Até desejei o tal do ovo.
***
Me sinto super à vontade em escrever isso aqui, dadas inúmeras razões, dentre as quais:
1) O blog é meu;
2) o sonho foi meu, portanto, faço o que bem entender com ele;
And last, but not least:
3) quem lê este blog? Eu,. Logo, não só sonho insanidades como me sinto, torno a dizer, extremamente à vontade para expô-las a mim mesma.
***
Escrever organiza as ideias. Creio que a simbologia do sonho seja a seguinte: extravasamento da neurose causada por ter um blog não acessado. Será? Freud explica.

movimentos (quase) diários

Todo dia ela faz tudo sempre igual me sacode às seis horas da manhã me sorri um sorriso pontual e me beija com a boca de hortelã.

Todo dia ela acorda sai pra trabalhar volta sai de novo volta se preocupa dorme.

Todo dia anoitece jornal novela, boa noite.

Todo dia amanhece.

Reamanhece.

E apesar de você querer, não querer, amanhã há de ser outro dia.

Olha lá o sol indo embora:

domingo, 22 de novembro de 2009

Contibuição do amigo Caio

"Sigo cigano cego e sempre
Eu mesmo leio a minha mão
Escrevo nela versos, ventos
O meu destino, meus lamentos
Estou marcado de paixão

Enquanto eu coço a cabeça, o mundo gira
Penso um pouco e sinto preguiça
Numa fusão de desejo, besteira e malícia
Me chegas trazendo teu olhar,
Teu tempero e meu suor
De cara fechada, um jeito largado, um corpo delgado
A mulher no peito, no meu peito a ensaboar

Olhos perdidos no vento,
Ela transpira o futuro
E no presente um buraco,
Esperando ela falar

O sonho circulava na boca,
Louco de tanto imaginar
E eu escutava o barulho das águas rodando
Na língua, nos dentes, depois escorriam pelos lábios incandescentes
E caiam na roupa os mais indecentes
Na cama teu tempero resvala
E adormece na lua crescente a me guiar
E assim segredo os clarões sem par,
Iluminando a noite num coração de homem a desfolhar

Ela parada num canto, assim diferente,
Com os dedos entrelaçados e os pequenitos pés cruzados,
Rege uma orquestra espremida,
Constrói constelações com sincero amor profundo e
Desenha em mim os sonhos de um laço divinal

Ah, como ela tinha segredos pra mudar o mundo
Fazer mil cicatrizes sararem bem fundo..." (Caio Di Palma)

17/ 12

Ele ficou ao seu lado por muito tempo. Eram crianças, brincavam de ser gente. Adultos, brincavam de ser crianças. Crianças que se despediam e voltavam a brincar, num ioiô de rodar a vida. Mas no dia da fatídica despedida, antes do pode beijar a noiva, prometeu voltar em dezembro. 17 de dezembro. Sem falta.
Ela vai ficar esperando, contando os dias em bem-me-quer, bem-me-quer. Porque de mal-querer já cansou e, à porta do cinema, com seu vestido branco de algodão, ela se deixa esvoaçar. Ela agora suspira poesia, que voa como fino pólem para além, no mar. E de lá, numa gota de óleo, negra como a veste, ele transpira o desejo da volta.
Até breve, meu amor.

No calor das horas, 21/ 11/ 2009.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Mea culpa

Estão dizendo por aí que o apagão foi culpa do Governo. das intempéries. da Madonna. de Jesus. do raio que o parta. Sei é que, final do ano chegando, ninguém mais se aguenta aceso. Minha tese é a seguinte: a culpa é da gente! Quem mandou esta raça que vos fala trabalhar loucamente, o ano todo? Se lamentar, com recalque até a alma, do calor, desejando pegar, com as férias, uma prainha às 10h de 3ª feira? Cheers, Don Ramón! Voto em você pra presidente da próxima vez!
Agora, boa noite, vou dormir. E sonhar, com a luz apagada espontaneamente (figuinhas!), que já é Natal e eu estou comendo rabanadas, muitas rabanadas!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

As rosas não falam

Pensas que esboçarei flores? Tsts, nada disso. Tava demorando. O clima das flores foi embora. Mas, enfim, acabou. Viva! Figura recorrente nos próximos posts, se os céus não olharem por nós (ou não cairem sobre nós): o sol.

Sorte do dia: tá calor, too much! E as pessoas que eu tô seguindo estão falando do calor. Achei legal falar dele também.
Mas, pra não pagar diário, vou contar uma historinha. Sigam-me os bons.

Era uma vez uma florzinha [bah, brinks!]
.
..
...
....
.....

Não dá! Sinto fritos os meus miolos, ó pá! Minha imaginação não flui.
E a menina na Irlanda está reclamando? Como assim?? Acho que eu estou precisando ir abanar uns leprechauns! Porque a moda praia não se encaixa bem aos parâmetros britânicos de educação. Rezo ao deus sol, em minha dança da chuva diária, para que o final de semana logo chegue e eu possa colocar em prática os meus sonhos de uma noite de verão.*

*Ninguém no Brasil, queridos, tem sonhos de uma noite de verão. Coisa de inglês, óbvio. Aqui, no verão, ninguém sonha. Frita, bebe, dança, pega. Mas sonhar, com este calor... tsts.

domingo, 1 de novembro de 2009

Tropeçando em flores

Um dia, meu bem, um dia,
Vamos colher as flores que outrora plantamos.
E essas flores podem ser azuis, lilases, multicores.
Ou brancas, como o copo-de-leite
Duramente amarelado despontando no azul.
Ou vermelha, como a rosa ardente.
Mas veja bem, amor: flores também são seres
Que nascem-crescem-reproduzem-morrem
E eu não quero ser viva pra ver o fim da flor.
O outono chegar nessa deliciosa primavera.
Não, não.
Quero a brisa mais branda, o batucar do coração
Que corre, corre pelo jardinado
Até encontrar a espécie mais bela.
Pegar a flor.
Beijar a flor.
Entregar à flor.
Ser flor.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Bom dia, flor do dia!

Uma florzinha bonita, muito minha amiga, estava murcha, murcha. Cheia de dedos, não achava graça no verde jardim, no canto dos pássaros, na beleza das outras amigas flores. Estava até pensando em deixar o jardim, virar flor de floricultura. Até que um dia Florzinha Amiga recebeu uma notícia arrasa-corações, e de despetalada passou a buquê chiquérrimo. Então, my little flower deixou as bobagens de lado e voltou a se bem-querer.
Na verdade, Florzinha Amiga, você estava crente, crente que era joaninha. Mas não esqueça, minha rosa, que a pintadinha só fica passeando, por aqui, por ali... sempre beijando as flores, imitando o beija-flor.
Vês agora? Faz sentido? Acho que puseram teu nome errado. Retifico: de D'Arc, a força; da joaninha, o encanto pela flor. E da sua alma, o desejo de ser plantada no mais alto da serra mais alta. Acho que o melhor seria deixá-la sem nome, pra que você, lá do alto, fizesse ecoar pelo vento: "Meu nome é História". Ou "Meu nome é Educação". Ou quem sabe "Sou rosa vermelha ai meu bem querer beija-flor sou tua rosa hei de amar-te até morrer". Mas isso é outra história, com minúscula, mesmo. Sei que esta é a minha flor pra você, segunda flor do vaso púcaro.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

De mim para mim mesma


Mais uma bela canção para os apaixonados.

***

Veio de manhã molhar os pés na primeira onda
Abriu os braços devagar... e se entregou ao vento
O sol veio avisar... que de noite ele seria a lua,
Pra poder iluminar... Ana, o céu e o mar

Sol e vento, dia de casamento
Vento e sol, luz apagada num farol
Sol e chuva, casamento de viúva
Chuva e sol, casamento de espanhol

Ana aproveitava os carinhos do mundo
Os quatro elementos de tudo
Deitada diante do mar
Que apaixonado entregava as conchas mais belas
Tesouros de barcos e velas
Que o tempo não deixou voltar

Onde já se viu o mar apaixonado por uma menina?
Quem já conseguiu dominar o amor?
Por que é que o mar não se apaixona por uma lagoa?
Porque a gente nunca sabe de quem vai gostar

Ana e o mar... mar e Ana
Historias que nos contam na cama
Antes da gente dormir

Ana e o mar... mar e ana
Todo sopro que apaga uma chama
Reacende o que for pra ficar

Quando Ana entra n'água
O sorriso do mar-drugada
se estende pro resto do mundo
abençoando ondas cada vez mais altas
barcos com suas rotas e as conchas que vem avisar
desse novo amor... Ana e o mar

***

O Teatro Mágico, Ana e o mar.

Pra não vencer de W.O

"Tudo vale a pena quando a alma não é pequena"

Não se pode dizer, desse lado do Equador, que a alma foi pequena. A alma dos daqui é grande, forte e não se faz de rogada. O oponente é fraco mas, espartano, tem grandes chances de cantar vitória, mesmo aos 44 minutos do segundo tempo. O lado de cá está cansado desse jogo-luta. O lado de lá quer ir à cobrança de pênaltis. O empate tem cansado o nosso time. O time de lá quer correr pro abraço. O de cá só quer se o abraço for apertado.

Apita o juiz. Tempo para as instruções do técnico: "Tudo vale a pena quando a alma não é pequena".
E o grito ecoa pelo estádio-coração. Se tudo vale, por que não arriscar? O problema é acertar o gol.

Fiui! E o jogo prossegue, com algum tempo de prorrogação. Vale o que vier, vale o que quiser. Só não vale... Não sei. Acho mesmo é que tudo vale. Nessas horas eu queria era ter a alma pequena e tirar o time de campo. Atenção que a bola está vindo.

sábado, 10 de outubro de 2009

Como uma luva

"Tanto amor em mim como um quebranto
Tanto amor em mim, em ti nem tanto."

***

Sábios versos, Zeca Baleiro.
Palavras que o vento leva, mas que marcadas ficam na memória e no coração.
Se arrependimento matasse, não deixaria assim tão abertas as minhas portas, apenas uma fresta na janela. Difícil de entrar, não custaria (nem doeria) para sair.
Opa, opa. Mas nem tudo está perdido. E que venham Los Hermanos:

"Deixa ser como será, tudo posto em seu lugar
então tentar prever serviu pra eu me enganar.
Deixa ser como será, eu já posto em meu lugar
Num continente ao revés, em preto, em branco, em hotéis
numa moldura clara e simples, sou aquilo que se vê."

***

Se estava claro e eu não vi, all my fault. mas agora, deixa ser como será. E será bom, muito bom. Eu sei que vai.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

20 reais


Tah. Se tiver 10 reais é porque o babado é certo!

*Desculpe, não resisti! Tah. Até parece que você ainda não assistiu... Salve Vanessão!*

Certas coisas não mudam nunca, mas...


Ainda bem que outras mudam, pra melhor ou pra pior. No caso dos filmes infantis da Disney, pra muito melhor.
Sábado último assisti, acho, a um dos filmes mais lindos e fofos da vida. Como tem sido desde Toy Story, cinema cheio de adultos, crianças, casais, maior galera. Tudo para assistir a saga nada a ver mais linda e fofa (repito): um velhinho que leva a casa para umas montanhas loucas na América do Sul. O cartaz é autoexplicativo, ok.
Lindo, fofo e magistralmente produzido, "Up - Altas aventuras" é uma daquelas animações que merecem ser compradas, assim que sair em video. Sem dúvida vai se juntar aos videos da Bela e a Fera, Alladin, Rei Leão... filminhos lindos e fofos da minha velha infância.
Recomendo MUITO e já adianto: você também vai dar uma esquecida no gatinho do Alladin e querer que o senhor Friederiksen voe pra sua casa! Com balões, casa, Russel e tudo. Lin-do!

É Primavera, te amo!

"Primavera se foi/ e com ela meu amor"

No caso, não está indo, está chegando. E trazendo consigo um cheirinho bom de vento, de chuva, de flor, não sei. Sei é que dá, mesmo, uma boa sensação.

Até porque falta pouco, muito pouco, pro ano acabar, as férias chegarem e eu, enfim, poder colocar em prática todos os meus sonhos primaveris!

domingo, 27 de setembro de 2009

Um dia, talvez


Na ânsia de lhe proporcionar aquele deja vu gostoso...

Beijo,
M.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

TGI Friday!

Opa! Sexta feira, dia de alegria! Enumeremos as vantagens:
* Engarrafamento na volta pra casa;
* hora extra no Governo;
* Globo Repórter (muito didático);
* beijinhos até mais tarde;
* véspera de sábado.

Fico por aqui. Porque, aparentemente, não se tem hora pra acordar amanhã. Ah, sexta-feira nem tem nada de tão legal assim... É bom porque é sexta, pronto, acabou!

Thanks, God, It's FRIDAY! Amém.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Se definir, perde a graça

Dizem que "saudade é coisa que dá e passa". Eu, desse lado, digo que é coisa que dói e passa. Pode demorar, pra chegar ou pra ir embora. Ou os dois, talvez. Mas doer, isso, sem sombra de dúvida que dê as caras por aí, dói. Agudo, lá no fundo do peito. Dói pela falta, pela vontade de estar junto, pelo desejo do beijo, pelo abraço desapertado. É, dói.
Ainda bem que, uma hora, passa. Viva o artigo indefinido!

sábado, 19 de setembro de 2009

Food for thought

Ontem, no corpo do e-mail recebido no meio da tarde, sobre o novo CD do gloriooooooso Arnaldo Antunes (não, não estou debochando. Sério):

A casa é sua
não me falta cadeira
não me falta sofá
só falta você sentada na sala
só falta você estar

não me falta parede
e nela uma porta pra você entrar
não me falta tapete
só falta o seu pé descalço pra pisar

não me falta cama
só falta você deitar
não me falta o sol da manhã
só falta você acordar

pra as janelas se abrirem pra mim
e o vento brincar no quintal
embalando as flores do jardim
balançando as cores no varal

a casa é sua
por que não chega agora?
até o teto tá de ponta-cabeça porque você demora

a casa é sua
por que não chega logo?
nem o prego aguenta mais o peso desse relógio

não me falta banheiro quarto
abajur, sala de jantar
não me falta cozinha
só falta a campainha tocar

não me falta cachorro
uivando só porque você não está
parece até que está pedindo socorro
como tudo aqui nesse lugar

não me falta casa
só falta ela ser um lar
não me falta o tempo que passa
só não dá mais para tanto esperar

para os pássaros voltarem a cantar
e a nuvem desenhar um coração flechado
para o chão voltar a se deitar
e a chuva batucar no telhado

a casa é sua
por que não chega agora?
até o teto tá de ponta-cabeça porque você demora

a casa é sua
por que não chega logo?
nem o prego aguenta mais o peso desse relógio

***

Linda, não? No mínimo, o alívio de compartilhar os sentimentos mais blasés... Os melhores!

Certas coisas não mudam nunca...


E você, topa ou não topa?

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Sobre o não-assunto

Como diria uma amiga:

Daí que a inspiração não vem e resolvo, malandramente, escrever sobre a falta de assunto.

Ah, que malandragem, que nada! Isso tem até nome chique: metalinguagem. A galera da Teoria da Literatura faloU, Umberto Eco confirmou e eu estou dizendo aqui que falar sobre a fala, escrever sobre a escrita, ser, sem ser, sendo... é o que há! E cá estou, aproveitando a minha falta do que falar para um post que tem, em equivalência, tanto de non-sense quanto de auto-referência.
Ok, você venceu. Está na cara que isto só está sendo escrito por mera falta de assunto. Porque falta do que fazer é uma coisa da qual não se sofre por essas terras. E, para acabar non-sense MESMO e, em especial, para você, amiga querida de minh'alma, fica o seguinte autocomentário:

- Bora Odeon, choppinho, CCBB, cineminha, café, chá, banho (Só pra descontrair!). Viva nossas manhãs megaprodutivas de terças e quintas!

sábado, 12 de setembro de 2009

Abuso!


Ontem, na volta do trabalho, para uma amiga que, gentilmente, cedeu-me carona:
- Hum... Tô com uma vontade de comer um cheddar!
Ela, prontamente, para mim:
- Bora?
Eu, é óbvio:
- Ai, vamos!

***

Hoje, eu, já adiantando o que direi das 16 às 18 horas, durante a famigeraaaaaada reposição de aulas (é, por causa da gripe, etc). Não, ninguém leu errado: hoje É SÁBADO, isso mesmo. Ok, vamos lá:
- Pessoal, vamos assistir a um documentário muito bacana chamado "Super size me - A dieta do Palhaço". Vamos ver se, depois disso, não vai bater um pesinho na consciência quando vocês forem comer no Mc Donald's! Prestem atenção, que depois a gente vai fazer um trabalhinho sobre isso, em conjunto com o professor de Educação Física, tá?

***

Me divirto!!!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Ao mestre com carinho ou Sobre a criatividade humana


Ontem à noite um casal de amigos nos chamou para comer um japonês na casa deles. Além de nós, estava também presente o primo do rapaz, um capixaba estudante de Medicina. Calma, não se tratou de um swing nipônico, não, não. Até porque isso deve ser um momento traumático. Foi, no final das contas, uma experiência que comprovou a capacidade criativa do ser humano. Explicaremo-nos melhor nos próximos parágrafos.
Ao juntar dois biólogos, um economista, uma professora e um médico em uma cozinha, repleta de ingredientes da culinária japonesa, o que temos? Uma dissertação organizada sobre a dissecação do filo do Lula? Não. Boa conversa, sushis, sashimis, temakis, hots, shitaki, além de uma bolinha com kani e cebolinha, tudo muito gostoso. Auto-referência ao meu auto-referente amigo biólogo que, além de amigo, biólogo, professor, busólogo (sim, ele coleciona informações sobre ônibus!), catequista, comediante profissional stand-up, ex-professor de lambaeróbica, etc, ainda publica receitas no site tudogostoso.com.br! E, acredite se quiser, consultando receitas por ELE MESMO postadas, ELE MESMO preparou o jantar, cujo único swing fora o das facas, que rolavam de mão em mão, sob o comando do chef multifuncional! Ah! Informação de altíssima relevância: meu prendado amigo aprendeu todas as elaboradas técnicas do preparo do peixe, pasme, em videos do Youtube! Amigo, você é o meu orgulho!
Pois bem. Após requintado preparo, não é que a comida ficou boa mesmo? O silêncio juntou-se à farta mesa e às boquinhas nervosas. Há, ninguém perderia tempo falando!
É como eu disse, a capacidade criativa das pessoas me impressiona deveras! Então tá. Mantra do dia: Quem tem boca, vai a Roma. Nowadays, quem tem computador, dá um google e é feliz!

domingo, 23 de agosto de 2009

Drag me to hell


Após uma divertida festinha de 1 ano, com palhacinhos e maçãs do amor, o casal dirigiu-se, mecanicamente, ao shopping center mais próximo e, como de costume, foi analisar a carta de filmes. Um alívio tomou conta dos pombinhos ao notar que a epidemia de filmes de férias já estava em movimento decrescente. Drag me to hell, do trasher Sam Raimi foi, então, a diversão do sábado à noite.
Contaram-me os apaixonados que é um filme imperdível, no melhor estilo tem-uma-coisa-verde-saindo-da-sua-boca-,-dona!
O rapaz jura que o diretor que arrasou em Homem-Aranha voltou às suas origens e, agora sim, está melhor ainda; a menina confessou que, entre gritinhos histéricos e um nojo incontrolável, após 20 minutos de filme já estava achando tudo divertidíssimo e que, inclusive, aproveitou-se das cenas "feias" pra pedir a companhia do namorado na noite fria que ontem fizera...

Acreditada do valor do filme, após sapientíssimo depoimento colhido, acredito ser essa uma película imperdível!

sábado, 22 de agosto de 2009

É hoje!

Não se esqueça de comemorar com seu filho:

22 de agosto - Dia do Folclore brasileiro


Viva a cultura nacional!

Desencontros sociais

Ontem, na fila do almoço de uma escola très chic na Barra da Tijuca:

[Criança de, no máximo, 7 anos]: Cara, sabe o quê (tradução corrente de 'You know what')? Nas minhas férias eu peguei um avião da TAM até Miami. Aí de lá o meu pai alugou um carro e a gente foi de carro pra Orlando. Eu fui de novo na Disney e...

Nessa parte da emocionante narrativa, eu, embasbacada, não com a viagem, mas com a pose da criaturinha, me dei de presente não mais prestar atenção no papinho e comecei a escolher a salada para o meu prato.

Turno da noite, saída da escola de Acari. Meu carro preso por um ônibus de turismo e um táxi, ambos com seus passageiros participando de um animado culto evangélico. Com sérios problemas pra sair de lá:

[Eu, para o porteiro]: F., me ajuda! Menino, e agora, como é que eu vou sair daqui?

[Um aluno adulto, do 1º ano do Ensino Médio, que estava indo embora pra casa, depois de um dia inteiro de trabalho e parte da noite na escola]: Peraí, professora, isso é mole, entra no carro, não fica na chuva, que eu vou lá resolver pra senhora!

Em menos de 5 minutos, o motorista do táxi já estava dando ré no carro e eu, com tranquilidade, livre pra voltar para casa. Pelo retrovisor, vi meu aluno acenando. Abri a janela, agradeci devidamente e, de quebra, recebi o seguinte comentário: "Vai devagar, professora! Olha que tá chovendo muito e você ainda vai pegar a Brasil!"

Não pude deixar de confrontar esses dois momentos de um mesmo dia. Os dois diálogos me acompanharam pela Dutra, pela Brasil e pela Linha Amarela, até a porta de casa. Me fizeram pensar no desencontro em que vivemos: desencontro social, boneca russa que contém em si desencontros outros: de linguagem, de trato, do próprio encontro. Enquanto isso, vou tentando, eu mesma, me encontrar, para não me perder no trajeto esquisito Barra-Acari de toda semana.

Comentário número 1: Eu não gosto de professor. Professor é assim... tão... professor!

domingo, 16 de agosto de 2009

SPC

Domingo
Quero te encontrar
E desabafar
Toooooooooodo o meu sofrer!!!

Eta, diazinho brabo!

sábado, 15 de agosto de 2009

Para descontrair










Jardes Macalé: "Eu não gosto de artista. Artista é tão... artista!"

Melhor? Impossível!

Continho


Era uma vez uma borboleta que, por falta de um casulo, resolveu nascer criança. Quando bem pequenina, sua mãe teimava em dizer: "Vai brincar, filhinha!", e a nossa menina alada, com alegria de borboleta, pousava de flor em flor.
Até que um dia, não muito tempo depois, na sua magreza de borboleta, a criança resolveu voar. Ela sofreu, metamormoseando-se, e numa manhã de agosto, enfim, voou alto demais, pra um jardim onde nós, crianças de corpo e alma, não podemos mais brincar.
As crianças daqui ficaram tristes, mas... faz medo, não. Lugar de borboleta não é só no jardim. É, mesmo, no céu azul, todo pintado das asinhas agitadas da nossa borboleta, que agora está livre pra voar, voar, voar, voar...

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Jogo do contente(?)

Quando eu tinha uns 12 anos, minha mãe comprou a Pollyanna pra mim, num sebo qualquer da vida, e me apresentou esse livro como algo "que deveria ser lido por toda mocinha". Muito bem: li, gostei tanto de minha amiga Polly que, livro terminado, logo descobri a parte II do benevolente livrinho. Pollyana moça (belo título, ah?!), não foi além da vigésima quarta página. Porém, até hoje, a voz da pequena Polly ainda ecoa na minha mente. Pois é, dá até medo.
Para quem nunca leu, o livro fala sobre uma menininha muito bonitinha, boazinha, uma graça, que sofre horrores, de doença e o escambau. Mas supera tudo isso com a ajuda de um jogo, digamos, divino, angelical: o jogo do contente. Trata-se do seguinte, resumindo: Tá no inferno, abraça o diabo. Veja o lado bom da vida. Carpe diem. Não importa o quão grande é a sua desgraça: seja feliz. Como assim?!
Quando li a Pollyanna, achei isso lindo e fiz da leitura um propósito pra minha vida. Dizia a mini-me: "De hoje em diante, vou jogar o jogo do contente". Que gracinha.
De tanto me aconselharem crescer e aparecer, eu, muito obediente, o fiz. E hoje, pasmem, eu bem que tento jogar o jogo do contente. Mas, poxa, que droga, não dá. Então assumo: estou indo contra o juramento feito de mim para comigo mesma. Feio, não?
Sério: eu tento. Mas encontrar um lado bom em pessoas egoístas, mesquinhas, que (quero acreditar que INCONSCIENTEMENTE, por favor!) atrapalham a vida dos outros, manipulam, arrasam, e que serão encontradas às 14:25, pontualmente, na porta principal do inferno... é hardcore.
Ok.Vou tentar de novo. Ufa.
ommmmmmmmmmmmmmm. Cheira a florzinha, apaga a velinha. Se fiquei café-com-leite no jogo do contente, paciência. Ainda bem que inventei de escrever nesse blog. Assim eu continuo brincando.
M. (Estressada, e, digamos, na vibe das lamúrias)

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Qual é a tua vibe?

Isso, bem informal: segunda pessoa do singular. Relaxa, toma mais uma, estica tuas pernas pro alto e sente a vibe... Bom, delícia, muito bom! Agora me diz: qual é a tua vibe? Hum?
Gente, o que está acontecendo com as pessoas? "Estar numa vibe" é tão in quanto ter Twitter. Do Sunset Oi fm (com aquela locutora que, suponho pela voz, seja a que confere "a vibe certa (?) para o seu fim de tarde") até o pontapé mais moleque do mundo, a tal da vibe é a senhora do destino. É, porque, se vc não estiver na vibe certa, meu amigo... beijo, não me liga. Acabou. Fim. Um abraço.
Quem instituiu esse novo vocábulo? Trata-se de um estrangeirismo? De falta vocabular? Não creio. Os sentimentos têm seus nomes muito bem definidos na língua portuguesa. Tanto que até soam pelo que são (vai me dizer que DIZER saudade não DÁ saudade?). E neguinho vem com um clima péssimo por aí dizer quem tá ou não na vibe?! Francamente!

terça-feira, 5 de maio de 2009

Escrevinhança nº 1

Tô fraca na escrita. Ai, Senhor, o que fazer? Escrever um diário? Praticar a caligrafia? Tsts... Fazer um blog. Nada de falar sobre mim, segundos ou terceiros. Escrever, isso sim, sobre esses e outros mais. Ok. Só pra início de conversa, eis minha escrevinhança #1.
Até a próxima página!
M.