domingo, 1 de novembro de 2009

Tropeçando em flores

Um dia, meu bem, um dia,
Vamos colher as flores que outrora plantamos.
E essas flores podem ser azuis, lilases, multicores.
Ou brancas, como o copo-de-leite
Duramente amarelado despontando no azul.
Ou vermelha, como a rosa ardente.
Mas veja bem, amor: flores também são seres
Que nascem-crescem-reproduzem-morrem
E eu não quero ser viva pra ver o fim da flor.
O outono chegar nessa deliciosa primavera.
Não, não.
Quero a brisa mais branda, o batucar do coração
Que corre, corre pelo jardinado
Até encontrar a espécie mais bela.
Pegar a flor.
Beijar a flor.
Entregar à flor.
Ser flor.

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