domingo, 22 de novembro de 2009

17/ 12

Ele ficou ao seu lado por muito tempo. Eram crianças, brincavam de ser gente. Adultos, brincavam de ser crianças. Crianças que se despediam e voltavam a brincar, num ioiô de rodar a vida. Mas no dia da fatídica despedida, antes do pode beijar a noiva, prometeu voltar em dezembro. 17 de dezembro. Sem falta.
Ela vai ficar esperando, contando os dias em bem-me-quer, bem-me-quer. Porque de mal-querer já cansou e, à porta do cinema, com seu vestido branco de algodão, ela se deixa esvoaçar. Ela agora suspira poesia, que voa como fino pólem para além, no mar. E de lá, numa gota de óleo, negra como a veste, ele transpira o desejo da volta.
Até breve, meu amor.

No calor das horas, 21/ 11/ 2009.

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