sábado, 15 de agosto de 2009

Continho


Era uma vez uma borboleta que, por falta de um casulo, resolveu nascer criança. Quando bem pequenina, sua mãe teimava em dizer: "Vai brincar, filhinha!", e a nossa menina alada, com alegria de borboleta, pousava de flor em flor.
Até que um dia, não muito tempo depois, na sua magreza de borboleta, a criança resolveu voar. Ela sofreu, metamormoseando-se, e numa manhã de agosto, enfim, voou alto demais, pra um jardim onde nós, crianças de corpo e alma, não podemos mais brincar.
As crianças daqui ficaram tristes, mas... faz medo, não. Lugar de borboleta não é só no jardim. É, mesmo, no céu azul, todo pintado das asinhas agitadas da nossa borboleta, que agora está livre pra voar, voar, voar, voar...

3 comentários:

  1. E nós, professores, temos obrigação de povoar a imaginação dessas borboletinhas, para que cada vez mais, alcancem voos mais altos!

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  2. Pois é, mas, em especial, essa borboleta não voa mais por aqui...

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