Santo Antônio, meu querido santinho,
Uma vez olhei pra Lua e pedi, em teu nome, um namorado.
Não precisava ser bonito, nem matreiro; bastava ser interessado.
Se tivesse interesse em ser, bastaria.
Daí, ele poderia ser tudo: príncipe, amigo, rei, poeta, mecânico, confidente, chiclete, amante, mil coisas.
A Lua, sua amiga, ouviu e correu pra contar.
O senhor, de bom grado, resolveu ajudar. Deixou as banderinhas de lado, pulou fogueira, apressou o quentão...
E mandou, de balão, alguém pra aquecer meu coração.
E essa rima safada, danada de pobrinha, é só pra comemorar
Hoje, no seu dia, meu santo querido, o seu olhar de santo, o seu coração de homem bom.
E também pra falar pra Lua, bonita... Que a gente já se casou sob o seu véu (E a bênção de Santo Antônio, que não poderia faltar)!
E que a partir daquele dia
Todas as noites frias
(Fossem elas suas, de São Pedro ou São João)
Passaram a ser aquecidas, embandeiradas, floridas, animadas
E que o tumtum da quadrilha bate forte até agora.
Eita, festança danada de boa!
Obrigada, meu Santinho querido.
Gostei muito, me identifiquei com o texto.
ResponderExcluirDe quem é a autoria?