sexta-feira, 21 de maio de 2010

Com quantos (velhos) versos se faz uma (nova) música?

Todo dia ela faz tudo sempre igual
Vai trabalhar, vagabundo, vai trabalhar criatura.
[Mas]
Daqui pra frente tudo vai ser diferente.
Hoje eu quero paz, eu quero amor.

Às vezes no silêncio da noite
Quando o coração da gente se apaixona
You are always on my mind
Tum, tum, bate coração, oi, tum, coração pode bater.

Você nasceu pra mim, eu nasci pra você
louca pra te ver chegar, louca pra te ter nas mãos.
Ele [veio] sem muita conversa, sem muito explicar
Sem você sou pá furada...

Dizer segredos de liquidificador
[dentro da minha orelha fria]
Até amanhã eu vou ficar
Nós somos rainha e rei.

***

Hoje eu disse pra ele que senti uma saudade quentinha, que me abraçou como travesseiro. Engraçado sentir a metamorfose da saudade:
desesperava< doía< incomodava< ardia< ...< travesseiro.
Daí, pra aconchegar, fiz uma música de retalhos, impossível de ser cantada. É que muita informação sonora embola, traz sentimentos antigos.

***

Engraçado notar a música dançando na cabeça. Engraçado ficar recitando, só pra ver a saudade passar.

***

Mas tudo passa, tudo passará.

2 comentários:

  1. Cara, é isso mesmo: "música dançando na cabeça" e "muita informação sonora embola". Também passo por isso...

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