Não sei se é amor que tens, ou amor que finges,
O que me dás. Dás-mo. Tanto me basta.
Já que o não sou por tempo,
Seja eu jovem por erro.
Pouco os Deuses nos dão, e o pouco é falso.
Porém, se o dão, falso que seja, a dádiva
É verdadeira. Aceito,
Cerro olhos: é bastante.
12-9-1930, Ricardo Reis
***
Só não sou jovem por erro, e sim por tempo.
Mas olha que, de tanto errar, o tempo acaba passando.
Ainda bem que, vez em quando, a consciência do bastante acalma o coração.
Não o meu, nem o seu, só. Toda la gente!
"Mas olha que, de tanto errar, o tempo acaba passando"
ResponderExcluir*MEDO*
Mari,
ResponderExcluirVEJA "SÓ DEZ POR CENTO É MENTIRA", a DESBIOGRAFIA do (poeta) Manoel de Barros.
Veja...
Bjs, Vv.