segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Aceitar é humano (Por que não?)

Não sei se é amor que tens, ou amor que finges,
O que me dás. Dás-mo. Tanto me basta.
Já que o não sou por tempo,
Seja eu jovem por erro.
Pouco os Deuses nos dão, e o pouco é falso.
Porém, se o dão, falso que seja, a dádiva
É verdadeira. Aceito,
Cerro olhos: é bastante.

12-9-1930, Ricardo Reis


***

Só não sou jovem por erro, e sim por tempo.
Mas olha que, de tanto errar, o tempo acaba passando.
Ainda bem que, vez em quando, a consciência do bastante acalma o coração.
Não o meu, nem o seu, só. Toda la gente!

2 comentários:

  1. "Mas olha que, de tanto errar, o tempo acaba passando"
    *MEDO*

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  2. Mari,

    VEJA "SÓ DEZ POR CENTO É MENTIRA", a DESBIOGRAFIA do (poeta) Manoel de Barros.

    Veja...

    Bjs, Vv.

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