quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Fluxo de pensamento

Hoje, conversando com uma amiga florzinha, pensei que nós somos uns trastes. Pelo menos. Porque chamar de paradoxais pessoas que vivem exigindo a perfeição, mas que adoram o imperfeito é, no mínimo, doido. E se achar certo, sendo doido, é ser traste. Compreendeu?
Acho mesmo é que se gosta do imperfeito pra ter do que se reclamar, pra buscar o que melhorar.
Uma vez conversei com um barbudinho que me disse que a gente espelha no outro os defeitos que não enxergamos em nós. Fez sentido por cinco minutos, mas essa frase-verdade de vez em quando volta, sabe? E incomoda.
Outro dia escrevi que gostei quando, no filme, a moça disse que as pessoas são como espelhos: vemos nelas aquilo que não gostaríamos de ser.
Tem espelho demais em minha volta. Estou com medo de, de tanto ser eu mesma, começar a me ver nos outros. E enjoar de mim nos outros. Ou enjoar os outros de mim. Melhor esfriar a cabeça.

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